A saca de 60 kg de milho na região de Tauá/CE, está superior a R$ 100,00; a média nacional do preço da saca de 60 kg está em R$ 32,538

 Tauá - O milho é um componente importante na formulação de rações para diversas cadeias produtivas e, portanto, a elevação de seus preços diminui a margem dos produtores que utilizam este insumo e encarece diversos produtos até o consumidor final.


Plantação de milho em Tauá/CE



Se fizermos um comparativo nesse momento, entre o o valor médio nacional do milho e o valor médio comercializado local, temos uma diferença de 300%. No início de 2021, o preço local era em média R$ 45,00, e estava relativamente próximo aos preços ao consumidor praticados no mercado nacional.

O movimento de alta nos preços do milho na região dos Inhamuns em 2021 tem relação tanto com fatores externos quanto internos, a semelhança do que acontece no país. Em relação ao mercado externo, a demanda segue aquecida, muitos compradores querém o milho de Tauá e dos Inhamuns, muito em função das importações de outras regiões, que tem aumentado em 2021. Como em Tauá e nos demais municípios da região, não existe um autoridade competente para lidar com o agro, acaba existindo também muita especulação agrícola, com diversos compradores e vendedores estocando o milho para manter o valor em alta e para lucrar. Mas essa especulação é perigosa e extremamente danosa ao mercado e cultura do milho, da qual dependem direta e indiretamente centenas de famílias no sertão. 

Outro fator, está ligado ao fechamento da economia ocorrido em boa parte dos meses de 2020 e 2021, sob o pretexto da pandemia, se anestesiou a comercialização do milho.

Existe uma expectativa no mercado regional de milho direcionada para possíveis impactos da chuva sobre a produção da safra primavera-verão, de novembro a fevereiro, responsável por cerca 75% de todo milho produzido no região por ano. Existem agricultores que plantam duas vezes em novembro e em abril, aproveitando a frequências das precipitações, mas é recorrente as precipitações em abril não serem suficientes para o quadro de umidade para uma segunda safra na região, realizada no início de junho. 

Isso significa que boa parte da segunda safra de milho, plantada de forma mais tardia em Tauá e região, corre risco de redução da produtividade, o que pode pressionar ainda mais os preços no mercado interno de 2022. Diante deste cenário de incertezas, os produtores de milho limitam as vendas no atual momento, e os consumidores, por sua vez, seguem preocupados com os atuais patamares de preço, prejudicando os custos de produção.

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